Seguro diz que "Portugal vai contra uma parede" e volta a pedir eleições antecipadas

O secretário-geral do PS diz que medidas de Passos "são péssimas notícias".

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António José Seguro insistiu que qualquer reforma do poder local exige que se ouça primeiro as populações Daniel Rocha

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou nesta sexta-feira que as medidas apresentadas pelo primeiro-ministro são “péssimas notícias” e que caem sobre “os mesmos", funcionários públicos e pensionistas.

Em entrevista à TVI, o líder socialista afirmou ainda que com estas medidas o primeiro-ministro faz lembrar alguém que vai pelo caminho errado “e coloca o pé no acelerador”: “Portugal vai contra uma parede.”

Recusando-se a comentar “medida a medida”, Seguro acentuou o facto de Passos Coelho não ter falado “uma só vez” no “combate ao desemprego”.

“A opção”, acrescentou, “é continuar com uma receita errada”. Seguro disse ainda que Passos Coelho “está ajoelhado e submisso” em relação à troika.

Em relação aos pedidos de consenso feitos pelo Governo ao PS, o líder do PS afirmou que se o consenso for em torno da austeridade “a resposta é não”.

Seguro afirmou ainda que não deixou de pedir eleições legislativas antecipadas e que o Presidente da República devia dissolver o Parlamento já, embora diga saber que Cavaco Silva não o vai fazer

O secretário-geral do PS afirmou que teve conhecimento das medidas pela televisão, mas revelou que o primeiro-ministro lhe telefonou, às 19h45, “dando conta que tinha escrito à troika” e que estava disponível para lhe enviar o texto.

Seguro diz que lhe deu o seu email, mas que ainda não tinha tido oportunidade de ir ao email ver se o texto lá estava e qual era o seu conteúdo.

Já no final da entrevista, Seguro revelou que ainda não falou com José Sócrates desde que ele voltou à actividade política, com os comentários na RTP, alegando que "não houve oportunidade" e acrescentando que ouviu o último comentário do ex-líder e que gostou. Nesse comentário, José Sócrates elogiou a unidade partidária do PS no último congresso.

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