Oposição acusa Governo de ser uma “máquina” de destruir emprego

Reacções do PS, PCP e BE à taxa de 16,9% de desemprego: dedo em riste à política do Executivo.

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A taxa de desemprego subiu para os 16,9% Paulo Pimenta

PCP, BE e PS alinham pelo mesmo diapasão: a culpa dos 16,9% de taxa de desemprego com que Portugal fechou 2012 é do Governo, que só tem sabido destruir postos de trabalho.

“Estamos perante um Governo que é uma verdadeira máquina de destruição do emprego e de criação de pobres”, acusou nesta quarta-feira o PCP, em reacção aos números do desemprego divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

“Há nestes dados valores impressionantes: o desemprego jovem atingiu os 40% e em algumas regiões a taxa de desemprego aproxima-se dos 20%”, realçou o deputado comunista José Lourenço. “Urge cada vez mais travar e demitir este Governo sob pena de o país entrar numa verdadeira depressão de que demorará muitos anos a sair”, acrescentou, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

“Vítor Gaspar e Passos Coelho já não ouvem ninguém em Portugal. Mas era bom que ouvissem o que Barack Obama disse ontem – que a recessão não resolve os problemas da economia”, apontou a bloquista Mariana Aiveca.

“O que temos hoje é um em cada cinco portugueses sem emprego”, realçou, acrescentando que “o regresso aos mercados não resolve o problema do défice e da economia”. A solução passa pelo “investimento na economia e em políticas públicas que promovam o emprego, se não queremos um mal maior”.

O deputado socialista Miguel Laranjeiro pegou numa declaração polémica de Passos Coelho. “’Estar desempregado é uma oportunidade’, disse o primeiro-ministro há uns meses”, recordou o parlamentar. “Qual é a oportunidade de estar desempregado nestas condições?”, questionou Miguel Laranjeiro.

“No final de Dezembro havia 923 mil portugueses desempregados. Este Governo já destruiu 360 mil postos de trabalho. Todos os dias 670 portugueses vão para o desemprego”, enumerou o socialista, apontando a “situação socialmente inaceitável” a que o país está a chegar.

“O Governo virou as costas aos trabalhadores, aos pequenos e médios empresários e agora vira também aos desempregados” ao enveredar continuamente por “políticas erradas”, criticou Miguel Laranjeiro.

Notícia corrigida: corrigido o nome de Miguel Laranjeiro, anteriormente identificado como Manuel Laranjeiro

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